App de celular ajuda a avaliar equilíbrio de idosos de forma simples e eficaz
- Gabriel Atoji Henrique
- 7 de mai.
- 2 min de leitura

A tecnologia tem se tornado uma grande aliada da saúde — e um ótimo exemplo disso é o Equidyn, aplicativo criado pela pesquisadora Paola Janeiro Valenciano durante seu pós-doutorado na EEFE-USP. A proposta é simples e inovadora: usar os sensores do smartphone (mais especificamente, a acelerometria) para medir o equilíbrio corporal dinâmico de forma acessível e precisa.
Com o celular preso nas costas, os participantes realizam sete tarefas padronizadas, como manter-se em um pé só, balançar a perna para frente e para os lados, e sentar e levantar. Tudo é feito com orientação de um metrônomo digital e marcações no chão, garantindo que os movimentos sigam um ritmo e padrão específicos. O teste completo leva cerca de 20 minutos.
Dois estudos com idosos fisicamente ativos, entre 60 e 80 anos, mostraram resultados bem positivos. O primeiro confirmou que o protocolo do app é eficaz para avaliar o equilíbrio. Já o segundo investigou se havia diferenças entre as pernas — como assimetrias no controle postural — algo que poderia ocorrer com o envelhecimento. Mas, para surpresa da equipe, os resultados mostraram que os idosos mantêm equilíbrio simétrico, mesmo ao realizar tarefas mais desafiadoras, como ficar apoiado em uma perna só.
Além de ser cientificamente validado, o Equidyn se destaca por tornar esse tipo de avaliação mais acessível, tanto para pesquisadores quanto para profissionais de saúde. Com um simples celular, é possível obter dados confiáveis sobre o equilíbrio corporal — algo essencial para prevenir quedas e promover qualidade de vida na terceira idade.
O artigo intitulado “Validation of the Equidyn protocol for evaluation of dynamic balance in older adults through a smartphone application” foi publicado na revista Gait & Posture (Elsevier) e pode ser acessado clicando aqui.
O artigo intitulado “Symmetric unipedal balance in quiet stance and dynamic tasks in older individuals” foi publicado na revista Brain Research (Elsevier) e pode ser acessado clicando aqui.
Mais informações sobre o protocolo Equidyn podem ser encontradas aqui.
Texto original: https://www.eefe.usp.br/?q=node/2580




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